sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Tempo de mudança

O TEMPO, sim o tempo é causador do maior fenômeno que conhecemos; ao longo da história as organizações vêm lutando contra esta força invisível e sarcástica através das mudanças. As mudanças surgem como um instrumento para vencer esta guerra, que esteve presente quando no surgimento das trocas da antiguidade, no socialismo de Marx, na revolução industrial e está presente no capitalismo atual.Taylor em seus infindáveis cálculos, buscou sempre controlar o tempo gasto para se produzir, no entanto, atualmente as organizações estão diante de um desafio ainda maior. Não basta planejar, organizar, dirigir e controlar. As organizações por estarem contidas em um ambiente globalizado e altamente volátil devem se “flexibilizar” mudando seu “status quo” em busca de maior competitividade no mercado, garantindo sua sustentabilidade e sua longevidade. As organizações não devem apoiar em mudanças e processos que deram certo no passado, pois isto não é garantia que dê certo no presente e muito menos no futuro.O fato de mudar é algo que causa impactos na maneira em que os processos são executados, pois mudar remete o desejo e a intenção de se fazer diferente, por outro método, de outra forma. Neste contexto rever os processos que conduzem as organizações é algo que se torna cada vez mais complexo. Muito tem se falado, e escrito sobre as formas de se conduzir as mudanças nas organizações, e o certo é que não existe uma fórmula geral para programar as mudanças, pois, suas variáveis são inúmeras e incidem diretamente nesta ou naquela mudança. Onde não se pode afirmar que uma determinada mudança é a solução para esta ou aquela empresa. O que se pode ser feito, é utilizar o conhecimento na aplicabilidade da mudança para que os impactos possam ser minimizados ao longo de sua implantação.
Mudar é preciso, pois as organizações não vivem sem mudanças, e as mudanças muitas das vezes não atingem o objetivo esperado, pois fatores como a resistência, ausência de planejamento, desconhecimento são prejudiciais à gestão, e a organização como um todo. Esta idéia em sua própria condição de existência já retorna um pensamento lógico. Pois se uma mudança não está de acordo com o previsto, de certo ela não dará certa, mas mais correto e até preocupante é que em muitas vezes, não existe mais volta! Quando as mudanças dão erradas, o caixa já esvaziou, e nesta condição é tarde para remediar.
Em tempos de mudança, as organizações devem se tornar flexíveis moldando sua forma as necessidades do mercado. Uma mudança deve ser contínua e nem sempre isto ocorre, pois a organização é composta por pessoas e as pessoas não gostam de mudanças conforme comenta Falconi em seu livro Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia-a-dia. Desta forma, o que estou querendo dizer não é que as empresas que não se tornarem flexíveis não terão chances de serem competitivas, mas sim, que empresas que são lucrativas passam por profundas mudanças, e estas são contínuas, pois o mercado, muda, os consumidores mudam, e as organizações que não se enquadram nos novos processos, certamente serão descartadas pelos seus clientes ou literalmente “engolidas” por seus concorrentes.

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