Instituto Gartner acredita que o departamento se dividirá em grupos de gestão da demanda, soluções, suprimentos, serviços e coordenação
Uma revolução corre pelos departamentos de TI mundo afora. A exemplo de um organismo vivo, o Gartner percebe a área dividindo-se em cinco células organizadas por diferentes princípios e objetivos. Em comum: todas miram as estratégias e objetivos de negócios. Na visão de Cassio Dreyfuss, vice-presidente do instituto, os departamentos de tecnologia se dividirão em grupos de gestão da demanda, soluções, suprimentos, serviços compartilhados e coordenação.
"O grupo de gestão da demanda é composto por aquele cara que olha para o negócio, entende a estratégia e fica de costas para a tecnologia", explica o especialista. Na sequência, aparece o time de soluções, o mais alinhado possível no objetivo de propor as inovações que alavanquem mercado. Os profissionais de suprimentos garantem as ferramentas necessárias e a equipe de serviços compartilhados parte em busca dos níveis de produtividade. Enquanto isso, o papel da gestão é participar das diretrizes corporativas e integrar todos esses processos.
De acordo com o VP, das 10 tecnologias apontadas pelo Gartner como tendência para os próximos anos, pelo menos sete têm impacto direto nos negócios. Outro ponto de destaque é que o processo de inovar fincará - de uma vez por todas - suas raízes no cotidiano da TI. "A inovação será empurrada pela tecnologia e precisará ser puxada pelos negócios", ilustra Dreyfuss, apontando que o papel do CIOs nesse contexto é equilibrar esses pontos à estratégia corporativa, estabelecendo interação e conexões.
Todas essas mudanças, justifica o especialista, têm relação direta com a relação dos usuários frente à tecnologia. "Os conhecimentos, antes exclusivos a TI, chegaram a áreas de negócio", enfatiza, apontando que cada vez menos o departamento será detentor de conhecimentos específicos. "Sobra a esses profissionais uma compreensão mais completa de onde estão inseridos, o que lhes permite criar a arquitetura compatível para a construção da estrutura que suporta o negócio". Falar o idioma do negócio emerge como fundamental.
O perfil das equipes de TI mudará. O profissional precisará novos domínios de conhecimentos que vão muito além da técnica e contemplam uma porção de atividades que tradicionalmente não eram valorizadas. Dreyfuss destaca a importância da capacidade de relacionar-se para ter sucesso nessa nova estrutura, uma vez que a interação com as áreas de negócio, com os provedores e com grupos de ação tende a se intensificar. O especialista acredita que esse processo de desmembramento do modelo tradicional será perceptível em cerca de dois anos.
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O Gartner realiza em São Paulo desta terça-feira (15/9) a quinta-feita (17/9) a XIV Conferência Anual Futuro da Tecnologia. Confira todas as notícias sobre o evento.
fonte: http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=60914&utm_source=itweb&utm_medium=portal&utm_content=tickersite
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
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